DESTAQUE

- - - Reunião de partilha de Pais no dia 6/9 - - - Formação "Qualificar para Intervir" com Curso de "Direito à Igualdade e Não Discriminação" 2/9

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Direito à Igualdade e à Não-Discriminação

QUALIFICAR PARA INTERVIR

Curso Financiado de "Direito à Igualdade e à Não-Discriminação"que inicia em Vila Nova de Gaia no dia 02/09/2013, inserido no projeto "Qualificar para Intervir".

 

O projeto "Qualificar para Intervir" é financiado no âmbito do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), dedicado à formação de técnicos de e outros profissionais que desenvolvam trabalho na área da deficiência e/ou incapacidade.
O Curso será realizado em Vila Nova de Gaia (Rua Estado da Índia, 656C) das 18h30 às 21h30 e tem a duração de 25 Horas.

Pode consultar os conteúdos programáticos e outras informações sobre os cursos através do link: http://www.iti.pt/formacao/accoes/formacao-continua

Os interessados em efetuar a(s) inscrição(ões) no(s) curso(s), devem entregar a documentação abaixo identificada:
Ficha de Inscrição
Fotocópia Cartão de Cidadão ou B.I e NIF
Fotocopia Certificado de Habilitações
Declaração Comprovativa de Situação Profissional
- Recibo de vencimento e/ou Recibo Verde
- Declaração da Entidade Patronal com a função que desempenha e que trabalha com pessoas com deficiência ou incapacidade.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Boas Práticas na Habilitação Profissional de Jovens e Adultos Autistas


AIA - ANGARIAÇÃO DE FUNDOS

A Mobile Companhia de Dança, sob a direção de Helena Mendonça, vai apresentar um espectáculo de dança baseado no 1º ato do famoso bailado romântico “Giselle”.
Dias 19 às 21:30 e 20 às 19:30 no Teatro Sá de Miranda.
A entrada vale 5 passos e pode ser adquirida na AIA ou Estúdio HM - Helena Mendonça.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

ESTUDO NACIONAL AUTISMO

ESTUDO A NÍVEL NACIONAL
ELEGÍVEIS FAMÍLIAS COM FILHO(A) AUTISTA ATÉ 25 ANOS.

Conjuntamente com as outras associações que dão corpo à Federação Portuguesa de Autismo, vamos ter no próximo Sábado, a partir das 15:00, uma sessão para o preenchimento do inquérito que vai dar suporte ao:
Estudo “A QUALIDADE DE VIDA DAS FAMÍLIAS COM CRIANÇAS E JOVENS COM PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO EM PORTUGAL: DIAGNÓSTICO E IMPACTOS SOCIAIS E ECONÓMICOS”
Ao preencher o questionário está a fornecer informação relevante para se reivindicar junto das entidades competentes, mais e melhores respostas de apoio às famílias das pessoas com PEA.
O seu contributo é fundamental para dar “voz” às famílias, não apenas com a sua participação,  mas também, informando e envolvendo outras famílias, fornecendo-lhes os contactos da AIA, da FPDA ou de outras associações federadas de autismo na sua região.
Para o sucesso deste estudo, a sua resposta é fundamental. Contribua em prol de uma sociedade mais consciente e  inclusiva.
Marque a sua presença nesta reunião através dos nossos serviços administrativos.
Contamos consigo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Newsletter de Junho

Em versão pdf na nossa página web em www.aia.org.pt .


domingo, 2 de junho de 2013

Direito Social


PROJECTO " QUALIFICAR PARA INTERVIR"


Dia 17/5 inicia o Curso sobre "Direito Social" na AIA

Cronograma, FAQ, Ficha de Inscrição e informação do curso AQUI


sábado, 18 de maio de 2013

Outras Actividades




Visitamos.

No dia 9 de Maio fomos visitar a Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães.
Fomos recebidas pela Dra. Diana Guedes que nos mostrou a instalações e e nos explicou o funcionamento e as valências existentes.
No final da visita guiada fomos recebidos pelo presidente da Direcção, Sr. Joaquim Oliveira, que nos contou um pouco da historia e dos projectos futuros da instituição.
A AIA agradece toda a amabilidade em nos ter recebido e aguarda a vossa visita.




Visitaram-nos.


Na passada sexta-feira (10/5) recebemos nas nossas instalações da Rua do Loureiro a visita do Dr Vítor Franco e Dr Miguel Santos que representam a instituição " Casa de Santa Maria da Estela/ Obra da Nossa Senhora do Rosário de Fátima " da Póvoa de Varzim, com o objectivo de se inteirarem do nosso trabalho.
Na foto com a coordenadora técnica da AIA, Dra. Paula Carvalho.



domingo, 12 de maio de 2013

Rampa da Falperra

A AIA agradece ao Clube Automóvel do Minho o facto de ter sido escolhida como a nobre causa social a ser apoiado na 34.ª Rampa da Falperra, bem como todas as oportunidades de presença na prova para a sensibilização e divulgação do Autismo. 

A todos os voluntários... gratos e contamos convosco para a próxima

A Ana Paula Silva foi uma das contempladas com uma subida da Rampa da Falperra. Aqui com a Teresa Cunha da AIA.

O nosso stand com os voluntários de serviço

Mais duas voluntárias de serviço.

O João Tiago Gonçalves foi outro dos contemplados com uma subida na Rampa


O Miguel Barros foi o vencedor do sorteio para a última subida


A Vereadora Palmira Maciel também experimentou a sensação de uma subida única.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Newsletter de MAIO




Porque gostamos de carícias

Por Alyson Muotri AQUI

Não dá para negar um cafuné (carícia). A maioria das pessoas curte relaxar ao receber um carinho ou massagem. O fenómeno não é restrito à nossa espécie.

Nada mais agradável do que ver seu cachorro ou gatinho de estimação se esparramar de prazer ao receber uma carícia na barriga ou fechar os olhos com um cafuné na cabeça. Recentemente, cientistas da Caltech, na Califórnia, conseguiram isolar neurónios que respondem ao cafuné.

O trabalho foi publicado na renomeada revista “Nature” em Janeiro desse ano e contribui para explicar por que animais, de ratos a humanos, gostam tanto de receber carícias. Descobrir quais são as redes nervosas que respondem a esse estímulo é importante, pois a troca de afecto físico é parte fundamental do comportamento de reforço entre relações pacíficas de indivíduos de um mesmo grupo social.

Pesquisadores já haviam descrito um subtipo específico de células nervosas sensoriais que se localizam logo abaixo da pele e que estão conectados directamente com a medula espinal. Para descobrir qual a função desses neurónios, o grupo da Caltech usou técnicas de engenharia genética para gerar um camundongo transgénico cujos neurónios fluorescem quando activados.

Esses animais foram então testados com diferentes estímulos sensoriais, tais como um breve belisco, uma rápida alfinetada ou uma carícia-massagem feita com um pincel suave. Pois bem, os neurónios foram activados e fluoresceram apenas com o último estímulo, a carícia. E mais, se o estimulo era muito superficial ou muito forte, não funcionava. Tinha que ser algo gentil, mas com efeito.

Em seguida, os cientistas criaram uma forma de activar esses neurónios quimicamente, com uma droga, e fizeram o seguinte teste. Primeiro colocaram alguns desses camundongos transgénicos numa gaiola com três quartos, interligados por passagens abertas.

Os animais podiam transitar livremente pelos quartos. No quarto da esquerda os animais tinham acesso à droga que estimulava os neurónios do cafuné e no da direita, uma droga não-funcional. Obviamente esses animais curtiram ficar mais tempo no quarto da esquerda, associando aquele ambiente com a sensação de prazer. O mesmo não aconteceu com camundongos selvagens, não-transgénicos, que não respondiam à droga. Com esse grupo não houve uma preferência por um dos quartos.

O trabalho mostra claramente que esses neurónios transmitem uma sensação de bem-estar para o animal que recebe o carinho. Isso explica o motivo de os animais gostarem tanto de se esfregar um nos outros, é prazeroso.

O trabalho não explica, por exemplo, porque os gatos gostam de se lamber, pois experimentos de auto-cafuné não foram feitos. Duvido que seriam os mesmos neurônios ativados. Em geral, comportamentos de “autocarícia” estão vinculados à limpeza e retirada de possíveis contaminantes, procedimentos que até as baratas fazem.

É bem provável que existam os mesmos neurônios em humanos. Há evidências de outros laboratórios que essas células nervosas sensoriais existam embaixo de nossas peles, mas ainda não existe prova definitiva. Se estiverem realmente embaixo de nossa pele, imagino que no futuro teremos a criação de uma pílula-do-cafuné, um tipo de droga que estimularia essa sensação de bem-estar. Hum…, não sei não, acho que ainda prefiro uma sessão de massagem tradicional.

Veja o vídeo (em inglês) que aborda a pesquisa da “Nature” clicando aqui.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Valor Angariado na Caminhada Solidária


Informamos todos os nossos associados e amigos que o valor que angariamos com a Caminhada Solidária no passado dia 7/4, foi de 8502,65€. Inscreveram-se 3228 pessoas.
Agradecemos a todas as entidades e pessoas que connosco colaboraram para que o evento fosse possível, com um carinho especial para os que o fizeram de forma graciosa.
Gratos também a todos os que se inscreveram e em particular aos que participaram, que, apesar do mau tempo que se fez sentir, cumpriram a caminhada.
Bem Haja a todos.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Visita à AIA

No passado dia 8 de Abril, recebemos a visita de 15 alunas da Escola Secundaria de Caldas das Taipas,  Curso de Animação Sócio Cultural, com interesse em saber mais sobre a AIA e sobre o autismo.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

III Caminhada AIA


No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, realizou-se ontem a III Caminhada da AIA.
Apesar da chuva que se fez sentir, os amigos da AIA foram até ao fim da caminhada de ontem.





Vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=ZEKxw_B1FH4
http://www.youtube.com/watch?v=NVu7OarlCQE
http://www.youtube.com/watch?v=f_RWsdGy3k0

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo

A Câmara Municipal de Braga também se iluminou de Azul


O Miguel Patrício Gomes, autor do livro "Autismo na primeira pessoa" (disponível na AIA)  esteve connosco  a falar sobre "Síndrome de Asperger: da tela para a realidade". Uma intervenção que levou a uma melhor compreensão das perturbações do espectro autista que ajude a "alterar" o estereótipo criado em torno quer do autista quer do aspie.

 Éder, jogador do Sport Cub de Braga, é o padrinho da caminhada de dia 7/4. 
Aqui com as fãs do SCBraga da AIA

segunda-feira, 25 de março de 2013

Terapias Assistidas com Animais

Formato. Seminário
Dia: 13/4/2013
Hora: 14:30 - 18:30
Local: Braga - A definir
Orador:  Raquel Pacheco da "Associação Cães Amigos"
Sinopse de Assuntos:
- O que são?;
- Áreas de aplicação;
- Nomenclatura e modelos;
-Tipos de animais e considerações;
- Demonstração.
Inscrição e comprovativo pagamento: eventos@aia.org.pt
Contribuição:
Associados da AIA, de Associadas da Federação Portuguesa de Autismo, da APEE Autismo e estudantes pré grau - 3€
Outros - 5€
Organização: AIA

quarta-feira, 20 de março de 2013

Síndrome de Asperger: da tela para a realidade

No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, A AIA proporciona um espaço de conversa e debate com Paula Carvalho e Miguel Gomes acerca desta Perturbação do Espectro Autista.
Tem por objectivo a partilha de informação acerca da Síndrome de Asperger e de se perceber se o Aspie na vida real corresponde ao estereótipo criado em torno de personagens de filmes e séries de televisão. 
A entrada é livre (aceita-se donativo) sujeita a inscrição para eventos@aia.org.pt ou telf/telmv 253627749 / 936859219 (Nome, actividade profissional, instituição, contacto)
Será sorteado pelos presentes dois livros autografados "Autismo na primeira pessoa".




sábado, 16 de março de 2013

Póvoa de Lanhoso - Festas de S. José

A AIA está com uma banca nas festas de S.José na Póvoa de Lanhoso


quinta-feira, 14 de março de 2013

AIA de portas abertas a 2/4


A AIA, no dia 2/4, Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, está de portas abertas entre as 9h e as 18h a quem quiser visitar as nossas instalações, tornar-se associado, fazer um donativo, ou ter mais informações sobre o nosso trabalho. Teremos a rolar um power point das actividades que fizemos em 2012.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Caminhada Solidária

ESTÁS CONVOCADO (A)
07 de Abril realiza-se mais uma Caminhada de Solidariedade da AIA, não faltes, pela consciencialização do AUTISMO contamos contigo para o maior evento solidário da Cidade de Braga … com muitas surpresas ;).


Inscrições na AIA ou nas lojas Pingo Doce (Braga Parque, Braga Pachancho, Braga Granjinhos, Braga Frossos, Braga Shopping, Braga Santa Tecla e Vila Verde) 

2,5 € com direito a T Shirt do evento e  kit caminhada (maçã e água)





segunda-feira, 4 de março de 2013

Os 4 Reinos do Autismo


Os quatro reinos autistas, por Alysson Muotri |
Fonte: AQUI


“O autismo é, para as doenças neurológicas, o mesmo que a África para os assuntos sociais”, definiu o jornalista Caryn James, em declaração publicada no “New York Times”, em 2007. Com a frase, James buscou enfatizar o emergente reconhecimento público sobre o autismo durante a década passada. Movimentos emergentes pro-África acabaram por polarizar opiniões dos envolvidos, causando certa confusão na percepção pública sobre o assunto. Afinal como ajudar a África? O mesmo acontece com o autismo hoje em dia.

Parte da polarização de opiniões sobre o autismo está relacionada com seu caráter heterogêneo: chamamos de autista um garoto de seis anos de idade que não fala, um jovem de 20 anos que estuda computação e tem “tiques estranhos” e um homem de 40 anos que segue uma rotina religiosa e não tem interesse na vida social. “Autismos” seria a melhor definição para esse espectro de comportamentos sociais. Não existe um autismo típico, cada caso tem sua própria natureza. A outra contribuição da polarização vem dos profissionais de saúde. Pessoas com autismo são vistas sob óticas diferentes dependendo do profissional – seja pediatra, neurologista, psiquiatra, terapeuta comportamental, dentista, psicólogo, fonoaudiólogo ou tantos outros que se relacionam com o autista.

É a velha história dos cegos e do elefante, em que cada um apalpa uma parte do bicho e acredita estar diante de um objeto diferente. Cada um tem uma perspectiva diferente da condição autista, com opiniões fortes de como o autismo deve ser encarado e tratado. Outros ignoram completamente o problema, buscam aceitação, levantando a bandeira da diversidade, rejeitando opções de tratamento e cura. É óbvio que isso tudo deixa os familiares confusos e pulveriza a força politica pró-autista.

Pois bem, no espírito da conciliação, de encontrar o que é comum e válido entre as diversas tribos pró-autistas, proponho quatro perspectivas de comunidades interessadas em autismo que se especializaram tanto na forma como falam sobre o autismo que se tornaram reinos ou feudos isolados e distintos. Cada reino tem suas verdades, mas todos falham na tentativa de entender ou mesmo reconhecer que suas verdades não são aceitas fora de suas fronteiras.

Primeiro Reino: o autismo como doença. A condição autista foi descrita pela primeira vez pelo médico Leo Kanner em 1943. Desde então, a pesquisa médica tem sido focada encarando o autismo como se fosse uma doença. Nesse reino encontram-se médicos, pesquisadores, familiares e pacientes. Todos veem o autismo como uma doença do cérebro que pode ser tratada com medicamentos. Investigam a melhoria do diagnóstico, intervenções e a cura como objetivo final. Teorias médicas evoluíram da mãe-geladeira para formas complexas da neurogenética. Buscam-se marcadores moleculares da doença e novas drogas. Ao contrário dos que veem o autismo como uma deficiência, buscando melhores serviços e suporte, esse reino foca na lógica puramente científica para justamente reduzir o número de serviços e suporte dado ao autista. Querem cortar o mal pela raiz.

Segundo Reino: o autismo como identidade. Nesse reino, os integrantes substituem a classificação de autismo como doença por uma questão de diversidade – ou mesmo de identidade. Esses, juntos com as comunidades de deficientes, veem o autismo como sendo apenas mais uma entre milhares de variações cognitivas da humanidade, com necessidade de aceitação, não de cura. Pessoas com autismo leve que podem viver de forma independente, mas que não se sentem totalmente acolhidas socialmente, fazem parte desse grupo. Em vez de buscarem formas de se tornarem “normais”, focam na inclusão e aceitação social. Exigem reconhecimento de que o autismo é uma forma de pensar diferente, que pode produzir soluções inovadoras para problemas difíceis. Muitos veem os resultados genéticos como uma forma de eugenia, não acreditam em explicações de causalidade e acham que tratamentos são uma forma compulsória de conformismo social. Como as comunidades de deficientes, membros desse reino buscam apoio da sociedade, melhorias educacionais, serviços ocupacionais e direitos cívicos.

Terceiro Reino: o autismo como lesão. Talvez um dos argumentos mais acalorados sobre o autismo seja o papel da vacina como causadora de uma lesão levando ao autismo. Membros dessa comunidade são pais que observaram regressões de desenvolvimento de suas crianças após vacinação. Mesmo frente a fortes evidências epidemiológicas de que vacinas não causam autismo, defensores dessa teoria sugerem que esses estudos estejam mascarando casos raros que foram causados por vacinas. Ao contrário do grupo anterior, os pacientes autistas nesse caso são afetados de formas severas, não verbais, com disfunções imunológicas, gastrointestinais e ataques epiléticos. Familiares desse grupo, sentindo que a ciência e medicina ainda não geraram medicamentos eficazes, buscam alternativas como dietas específicas e desintoxicação, entre outras. A grande distinção desse grupo é que acreditam o autismo fora causado por uma determinada lesão cerebral, causada por algum episodio específico na historia de vida do individuo. Portanto, levantam a bandeira da prevenção, reconhecendo que ao descobrir a causa poderíamos frear a prevalência do autismo.

Quarto Reino: o autismo como modelo. Da mesma forma que cientistas usam a cegueira para entender o sistema visual, membros desse grupo buscam no autismo a oportunidade de entender o cérebro social. Esse grupo é composto primordialmente por neurocientistas interessados em compreender o comportamento social humano, usando ferramentas como neuroimagem e neuroanatomia em tecidos cerebrais. O objetivo é mapear o cérebro para encontrar vias nervosas que processam informações socais específicas, tais como reconhecimento de faces, postura em grupo e teoria da mente. Esses cientistas apostam em modelos animais ou estudos de ressonância magnética do cérebro humano como instrumentos importantes para se ganhar insights sobre a natureza humana, sem necessariamente se preocupar com a causa ou cura do autismo.

Reconheço que esses quatro reinos não necessariamente representam todo o universo do espectro autista. No entanto, descrevem de forma ampla perspectivas distintas que hoje em dia dividem opiniões sobre o autismo. Esses feudos criaram estruturas super organizadas como sociedades profissionais, ONGs ou redes sociais, para se fortificarem. Infelizmente essa atitude serviu também para criar barreiras entre si, dificultando interações construtivas e trocas de idéias entre seus membros menos extremistas. Assim, podemos entender as críticas que sofrem os geneticistas, que veem o autismo como doença e buscam diagnóstico pré-natal, que seriam agentes abortivos dos autistas da próxima geração.

Mas quem afinal está certo? Da mesma forma que ainda não sabemos qual a melhor politica para ajudar a África, não existe uma resposta clara para o autismo. É provável que todos os cegos estejam certos parcialmente. O importante é notar que cada um dos reinos autistas tem oportunidades de oferecer algo de construtivo. Precisamos tanto de melhores diagnósticos e tratamentos, como melhores serviços, estratégias de prevenção e um entendimento mais apurado do cérebro social humano. Acredito que quanto mais os membros desses grupos se mantiverem isolados, pior será para o autismo. Acho que deveríamos buscar o oposto, abrindo a fronteira desses reinos e favorecendo a fertilização cruzadas de ideias. Essa atitude pode mostrar o que existe de comum entre esses reinos. Por exemplo, a luta por melhores serviços profissionais que atendam a demanda autista. Outro exemplo seria a de criar um centro de excelência que testasse sem bias idéias vindas das diversas áreas. Propus algo assim para o Brasil recentemente e fiquei pasmo com a recepção positiva de pessoas com opiniões bem diferentes sobre o autismo o que sugere que a proposta mereça ser considerada.

Com o crescente número de crianças autistas tornando-se adultos com autismo, a situação começa ficar crítica e requer ação imediata. Penso que nada de muito positivo vá acontecer se cada grupo insistir na sua própria visão. Será uma pena olharmos do futuro para o que acontece hoje e concluirmos que poderíamos ter lutado juntos por algo transformador, buscando cooperação ao invés de conflito. Acho é possível unirmos forças para atingir metas a curto prazo, como melhores escolas para os autistas, e também soluções a longo prazo. Dessa forma teremos um mundo melhor para crianças e adultos autistas.

sábado, 2 de março de 2013

DMCA 2013


Cartaz "Dia Mundia da Consciencializzação do Autismo 2013"
Revista Autismo - Autismo Portugal/AIA

Informações e fotos dos eventos comemorativos do dia 2 de Abril que nos forem chegando, 
vão ser disponibilizados em 
e na página do BLOG Autismo Portugal

sexta-feira, 1 de março de 2013

Newsletter de Março da AIA

A Newsletter de Março - Versão pdf na página web da AIA

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

25 coisas sobre crescer com um irmão autista

Ali Dyer escreve acerca de crescer com o seu irmão Jeff que é autista: 


«Crescer com um irmão no espectro é tudo menos normal, mas não será cada experiência ao longo do crescimento única? Cada um de nós vê a vida através de uma lente diferente, a minha só passa por um filtro de autismo.

Então, antes de vos apresentar a minha lista sobre crescer com um irmão no espectro, deixem-me presentear-vos com uma das minhas citações favoritas: 
“Para o mundo lá fora, todos nós envelhecemos. Mas não para os irmãos e irmãs. Nós conhece-mo-nos como sempre fomos. Conhecemos o coração uns dos outros... Vivemos à parte do passar do tempo.” – Clara Ortega.

  1. Não ficas zangada ou chateada quando o teu irmão autista te aponta as rugas que tens na cara ou o facto de que as tuas raízes do cabelo estão à mostra e precisas de ir ao cabeleireiro. Se fosse o teu outro irmão, aí sim, haveria problema.
  2. Podes mudar-te para uma cidade grande e viver uma vida toda “in”, força nisso! Mas também vais ter de visitar a casa dos teus pais para voltar à realidade. Isso pode ser feito através de caminhadas, ver filmes, ou fazer gelados gigantes com o teu irmão. 
  3. perguntar-te-às como é que o teu pai e mãe conseguiram manter a família unida durante o tempo todo, rezando para possas ser metade do que eles são. 
  4. Quando eras mais nova brincavas com prazer pois foste a tantas reuniões que vivias debaixo das mesas de conferência com livros para colorir. 
  5. Nunca te vais sentir ligado a outra pessoa da mesma forma que te sentes ligado ao teu irmão neurotípico. Ele é o único que conhece o caminho que percorres. Podem ter maneiras diferentes de lidar com isso, mas tudo bem, vais sentir a maior admiração por ele. Ouviste isto, Tommy?
  6. Não é chocante para ti, mas no entanto és admiravelmente inspirado pela compaixão e generosidade dos irmãos dos teus colegas, não importa o quão jovens. Um ótimo exemplo é a uma moça amiga, Katie, filha da Jess do "Diary of a Mom", que trabalhou para que as alas das Unidades de Cuidados Intensivos para crianças com cancro fossem mais alegres em honra do seu amigo Tuck.
  7. Briguem. Chateiem-se um com o outro. Se não o fizessem é que seria estranho! Certifiquem-se apenas de que fazem as pazes – não é saudável viver com esse tipo de tensão na vida e não há nada que justifique verdadeiramente ficarem assim. 
  8. Vais pensar que “falhaste” algumas coisas durante a infância, tais como idas à Disney ou um "jeep" da Barbie, e vais-te sentir muito mal pelo facto dos teus pais sentirem qualquer tipo de culpa. A verdade é que, em contrapartida, te deram muito mais... Mais do que alguém um dia saberá. 
  9. A esperança é que entretanto tenhas amigos como os miúdos da família Toal, que te levam a todo o lado no seu "jeep" do exército, mesmo que não o partilhem (Matt!).
  10. Podes vir a conhecer algumas pessoas na faculdade que pensam que o teu irmão é um borracho e te implorem para saber quando o trarás a uma festa. Está preparada para sorrir e responder-lhes “sim, ele é lindo, mas provavelmente não irá à festa contigo e a conversa pode ser um pouco tensa”. 
  11. Vais-te questionar como é que uma pessoa que não fala consegue fazer tanto barulho. 
  12. Dito isto, não há melhor som do que o da gargalhada do teu irmão. 
  13. Vais tomar consciência disso quando te tornares mãe, vais à guerra pelos teus filhos. Com sorte encontrarás amigos para te acompanharem na luta do bem e rirem MUITO pelo caminho.
  14. Ir a casas de jogos pode reavivar más memórias. Vais aprender a ser o mestre da compartimentação.
  15. Haverá momentos, muitos até, em que vais ser inundado de orgulho ao pensar no quão longe o teu irmão chegou. 
  16. Quando encontrares alguém para passar o resto da vida contigo – certifica-te que esse alguém te diz regularmente o quão sortudo és por vires de onde vens. Assim vais saber que respeita a relação que tens com a tua família, sabendo que se quiser ficar contigo, leva com a "famelga" inteira. 
  17. Aniversários são tudo menos típicos. Vais-te habituar ao teu irmão tapar os ouvidos de cada vez que ouve a canção “parabéns a você”, mas mesmo assim faz o pessoal cantar a segunda vez.
  18. Não te importas de cantar em público. Mesmo que isso signifique dar as mãos e cantar “Nós somos família; Mamã, Tommy, Papá, Ali e Jeffery” ou o tema da “Cruella Deville” (101 dálmatas). 
  19. Achas que as pessoas que não conhecem alguém como o Jeff só têm a perder. O Jeff faz com que as pessoas sejam melhores simplesmente por ser quem é e como é. 
  20. Vais chegar ao ponto de definir “família” como as pessoas que estão lá para ti e realmente te entendem mesmo que não tenham laços de sangue. Essas pessoas são aquelas que vão passar feriados e fazer férias contigo (Kyle e Conor), aqueles que se vão reunir no Erin Lane para partilhar a nossa casa do grupo de “irmãos” durante décadas e décadas e os irlandeses altos que vêm pelo chá.
  21. De vez em quando vais deixar que os teus pais te mimem como a uma criança porque de facto tiveste de crescer um pouco mais rápido que a maioria dos miúdos. (Pai, pago-te o meu telemóvel no próximo mês!).
  22. Durante a prática de desportos vais estar ansioso para olhar para o teu irmão sentado numa cadeira de estádio na lateral. Também vais ouvir algumas chamadas de atenção sempre que ele fizer barulho durante o silêncio que antecede um penalti.
  23. Casa e seguro do carro são essenciais. Aprendes isso quando o teu irmão tenta lidar com a frustração ao chutar os para-brisas e estes voam garagem fora. Obrigada AllState! (Companhia de seguros) 
  24. Falar de Autismo pode ser complicado, mas trabalha para te sentires confortável com isso. Os meus pais encorajaram-nos nesse sentido, principalmente dando o exemplo. São educadores que partilham a sua experiência, não só com o meu irmão mais velho Tom ou comigo, mas com os milhares de crianças que eles ensinaram e treinaram ao longo do caminho. Qualquer pessoa que os conheça pode dizer-vos que eles “percorrem o caminho e sabem do que falam”. Não é mistério para ninguém que a família é a sua prioridade. Felizmente, passaram-me isso.
  25. Podes não querer ter uma carreira ligada ao Autismo, caramba, é tudo o que conheces, mas nunca deixes de defender os teus entes queridos. O Jeff enriqueceu tanto a minha vida - devo-o a ele fazer o mesmo!»
Original AQUI
Tradução de Luísa Monteiro e Ana Paula Grohman

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Encontro com os Pais

Ocorreu ontem o encontro para esclarecimento sobre os “Pressupostos e procedimentos com vista à criação de uma Unidade de Ensino Estruturado para Autistas”. 
 Esteve presente para esclarecimentos e dúvidas sobre o tema em destaque o Fernando Miguel Azevedo, presidente do Conselho Executivo da nossa parceira APEE Autismo – Associação de Pais e Encarregados de Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo. Estamos gratos pela disponibilidade.


Pais informados decidem melhor.



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Unidades de Ensino Estruturado para Autistas







Encontro sobre os 
“Pressupostos e procedimentos com vista à criação de uma Unidade de Ensino Estruturado para Autistas”.

No dia 8/2 pelas 21h vamos ter a presença para esclarecimentos e dúvidas sobre o tema em destaque do Fernando Miguel Azevedo, presidente do Conselho Executivo da nossa parceira APEE Autismo – Associação de Pais e Encarregados de Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo.

O local onde ocorrerá este encontro será nas nossas instalações da Rua do Loureiro, 22, em Braga,