DESTAQUE

- - - Reunião de partilha de Pais no dia 6/9 - - - Formação "Qualificar para Intervir" com Curso de "Direito à Igualdade e Não Discriminação" 2/9

domingo, 31 de julho de 2011

Marcador biológico para o Autismo

As causas biológicas do autismo ainda não são compreendidas. Um diagnóstico de autismo só é possível após os três ou quatro anos, e os testes são subjectivos, com base nos sintomas comportamentais. Na pesquisa que foi publicada na revista Neuron, os cientistas do Instituto Weizmann de Ciência, Carnegie Mellon University e da University of California, San Diego, encontarram, pela primeira vez, um método que pode identificar com precisão um sinal biológico de autismo em crianças muito jovens. Ao digitalizar a atividade cerebral de crianças dormindo, os cientistas descobriram que o cérebro autista exibiu sincronização significativamente mais fraca entre as áreas do cérebro ligada à linguagem e comunicação, comparado ao de crianças não-autistas.

Mas o trabalho do grupo de Malach, e de outros grupos de pesquisa, apontam para uma solução. Os seus estudos mostraram que mesmo durante o sono, o cérebro na verdade não desliga. Em vez disso, a atividade elétrica das células cerebrais mudam para flutuação espontânea. Estas flutuações são coordenadas entre os dois hemisférios do cérebro de tal forma que cada ponto à esquerda é sincronizado com o seu ponto correspondente no hemisfério direito.

"Identificar sinais biológicos do autismo tem sido uma meta importante para muitos cientistas ao redor do mundo, tanto porque pode permitir o diagnóstico precoce, e porque eles podem fornecer aos pesquisadores pistas importantes sobre as causas e desenvolvimento da perturbação", diz o colega de pós doutoradol Dr. Ilan Dinstein, um membro do grupo do Prof. Rafael Malach, que dirigiu este estudo no Departamento de Neurobiologia do Instituto Weizmann. Enquanto muitos cientistas acreditam que as linhas de falha de comunicação entre diferentes partes do cérebro estão envolvidas no espectro de desordens do autismo, não havia maneira de observar isso em crianças muito jovens, que são incapazes de permanecer imóvel dentro de um scanner de Imagem por Ressonância Magnética Funcional (fMRI) enquanto eles estão acordados .

Em crianças autistas dormindo, o fMRI mostrou níveis reduzidos de sincronização entre as áreas do cérebro esquerdo e direito conhecido por estar envolvido na linguagem e comunicação. Este padrão não foi observado tanto em crianças com desenvolvimento normal ou naqueles com o desenvolvimento da linguagem atrasada que não eram autistas. De fato, os pesquisadores descobriram que a sincronização foi fortemente vinculado à capacidade da criança autista se comunicar: O mais fraco de sincronização, o mais grave eram os sintomas de autismo. Com base nos exames, os cientistas foram capazes de identificar 70% das crianças autistas com idades entre um e três anos.

Notícia completa AQUI

Tecnologia pioneira induz e anula déficits sociais e comportamentais em ratos


Investigadores da Stanford University School of Medicine foram capazes de provocar, e depois anular, déficits sociais e comportamentais em ratos, que se assemelham aos observados em pessoas com autismo e esquizofrenia, graças a uma tecnologia que permite aos cientistas manipular com precisão a atividade das células nervosas no cérebro. Em sincronia com este comportamento experimentalmente socialmente aberrante induzido, os ratos apresentaram um padrão de ondas cerebrais chamado oscilação gama que tem sido associados com o autismo e esquizofrenia nos seres humanos.

Os resultados, publicados online na revista Nature a 27 de julho, vem dar credibilidade a uma hipótese que tem sido muito falada mas de difícil de testar, até agora. Elas marcam a primeira demonstração, dizem os pesquisadores que a elevação de susceptibilidade do cérebro à estimulação pode produzir déficits sociais semelhantes aos do autismo e esquizofrenia, e que em seguida, restaurando o equilíbrio facilita os sintomas.

Notícia completa AQUI

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Como se sentem os "aspies"?


Em Portugal, estima-se que 30 mil pessoas apresentam síndrome de Asperger. Compreender os sentimentos dos "aspis" pode ajudar imenso quem convive diariamente com eles e quem, por dever profissional, deve contribuir para potenciar ao máximo o seu desenvolvimento.

O desconhecimento que ainda paira à volta da síndrome de Asperger leva-me a retomar o tema recentemente abordado (link com o artigo Asperger: será?), até porque não se trata de uma perturbação rara. Em Portugal estima-se que 30 mil pessoas apresentam síndrome de Asperger. Compreender os sentimentos dos "aspis" pode ajudar imenso quem convive diariamente com eles e quem, por dever profissional, deve contribuir para potenciar ao máximo o seu desenvolvimento. Quando se chega à conclusão de que uma criança é asperger tem de se fazer uma leitura muito específica do seu comportamento e direcionar a intervenção no sentido de a ajudar a desmontar um mundo que para ela é muito estranho e complexo.

O que pode ser confuso/enigmático/perturbador para os "aspis"?

"Quando chamo gordo a um colega ele parece não gostar e agride-me. Porque será que fica tão ofendido, se efetivamente ele é gordo?"
O desconhecimento das regras tácitas em termos de interação social, torna a vida destas crianças muito difícil. Para elas não é evidente que chamar "gordo", "chato" ou outra coisa menos simpática pode gerar grande antipatia nos outros. "Porque é que não posso chamar gordo ao colega, se ele tem evidentemente quilos a mais?" "Porque é que o professor fica ofendido quando eu lhe digo que as aulas dele são uma "seca" e que não percebo nada do que ele diz?" A irmã de uma pré-adolescente que tenho acompanhado dizia-me recentemente: "ela não sabe guardar segredos, apesar de já ser tão crescida, ainda não percebe que há coisas que não devemos partilhar".

"Quando os meus amigos contam anedotas, eu finjo que acho muita graça, mas sinceramente nunca percebo onde está realmente a piada."
Para os "aspis", metáforas e palavras com significado duplo são verdadeiros enigmas. Como é que crianças inteligentes não percebem o que está para além do literalmente afirmado? Porque esta é uma característica delas, que temos de compreender e aceitar como sendo intrínseca. Independentemente das nossas questões, o que temos a fazer é ajudá-las a ir percebendo e desmontando tudo o que possa ter um segundo sentido.

"Porque é que as pessoas dizem uma coisa e fazem outra? O facto de estar sempre tudo a mudar baralha-me e perturba-me profundamente."
Os "aspis" gostam de rotinas e aceitam a mudança com relutância. Por este motivo, têm dificuldade em se sentir bem em ambientes menos estruturados ou com rotinas e expectativas que são menos claras. Recentemente, uma mãe contava-me que o filho ficava perturbadíssimo sempre que esta seguia um caminho diferente na deslocação da escola para casa e vice-versa. Uma outra mãe referia que a alteração do conteúdo de uma refeição, previamente estabelecido, era, por si só, fonte de grande perturbação para a filha. É muito habitual os pais referirem que os filhos "aspis" impõem rotinas rígidas a si próprios e aos que os rodeiam.

"Porque é que quando começo a falar de animais os outros me mandam calar?"
Num atendimento recente a uma menina com esta síndrome, esta dizia-me que, no recreio, o local que mais adorava e onde habitualmente permanecia era junto a um lago. Sempre que tinha a companhia de alguém que adorasse peixes e outros seres aquáticos sentia-se feliz. O entusiasmo com que falava da vida aquática e o conhecimento sobre aspetos específicos inerentes a este tema deixou-me perplexa. Tal como a menina referida, os "aspis" têm, geralmente, áreas de interesse muito específicas e absorventes que podem ser: comboios, computadores, dinossauros, mapas, jogos, etc. Conheço uma criança asperger que tem uma quantidade infindável de miniaturas de animais, sendo este o seu tema predileto. Porque querem falar sempre do mesmo assunto, são percecionadas pelos outros como maçadoras.

Para terminar, uma mensagem aos pais que acabam de descobrir que têm em casa um "aspi". Em primeiro lugar, é indispensável aceitar que o vosso filho tem características muito particulares e, em segundo, é fundamental dar a conhecer a quem o rodeia que ele tem uma forma muito particular de se relacionar com o mundo e com os outros, explicando as razões. Se assim não fizerem, muito dos comportamentos do vosso filho serão injustamente julgados pelos outros como indicadores de má educação.

Por Adriana Campos, Psicóloga.
Fonte EDUCARE.PT

domingo, 17 de julho de 2011

Biomarcador para o autismo


Os irmãos de pessoas com autismo apresentam um padrão semelhante de atividade cerebral ao observado em pessoas com autismo quando olham para expressões emocionais faciais. Pesquisadores da Universidade de Cambridge identificaram a atividade reduzida numa parte do cérebro associada com a empatia e argumentam que pode ser um 'marcador biológico' para o risco familiar de autismo.

Dr Michael Spencer, que liderou o estudo de Pesquisa da Universidade Autism Centre, disse: "Os resultados fornecem um trampolim para investigar que genes específicos estão associados a este biomarcador. A resposta do cérebro à emoção facial pode ser um bloco de construção fundamental nas causas do autismo e nas dificuldades subjacentes."

Pesquisas anteriores descobriram que as pessoas com autismo, lutam muitas vezes para ler as emoções das pessoas e que os seus cérebros processam as expressões das emoções faciais de forma diferente que as pessoas sem autismo. No entanto, esta é a primeira vez que cientistas descobriram irmãos de indivíduos com autismo que têm uma redução semelhante na atividade cerebral quando veem as emoções dos outros.

Num dos maiores estudos do autismo já realizado com recurso a ressonância magnética funcional (fMRI), os investigadores estudaram 40 famílias que tinham um adolescente com autismo e um irmão sem autismo. Além disso recrutaram 40 adolescentes sem história familiar de autismo. Os 120 participantes foram submetidos à fMRI durante a visualização de uma série de fotografias de rostos que eram neutros ou expressavam uma emoção, como felicidade. Ao comparar a atividade do cérebro ao ver um rosto feliz versus um rosto neutro, os cientistas foram capazes de observar as áreas no cérebro que respondem a essa emoção.

Apesar do fato de que os irmãos de pessoas com autismo não terem um diagnóstico de autismo ou síndrome de Asperger, eles apresentaram uma atividade reduzida em várias áreas do cérebro (incluindo aqueles associados com empatia, compreensão informações emoções dos outros e de processamento de faces) em comparação com aqueles sem histórico familiar de autismo. Os exames das pessoas com autismo revelou que as mesmas áreas do cérebro como seus irmãos também são menos activas, mas em maior grau.

Porque os irmãos sem autismo e os controles diferiam apenas em termos de os irmãos terem uma história familiar de autismo, as diferenças na atividade cerebral pode ser atribuída aos mesmos genes que conferem ao seu irmão de risco genético para o autismo.

Explicando por que apenas um dos irmãos pode desenvolver o autismo, quando ambos têm o mesmo biomarcador, o Dr. Spencer disse: "É provável que no irmão que desenvolve o autismo existam ainda passos adicionais desconhecidos - como ainda a estrutura genética, cérebro ou diferenças de função - que ocorram para causar autismo ".

O Professor Chris Kennard, presidente do Medical Research Council que financiou a pesquisa, disse: "Esta é a primeira vez que uma resposta do cérebro a diferentes emoções faciais humanas demonstra que existem semelhanças em pessoas com autismo e seus irmãos e irmãs afetados. Pesquisas inovadoras como esta melhora a nossa compreensão fundamental de como o autismo é passado através de gerações, afetam alguns e não outros. Esta é uma importante contribuição para a estratégia do Conselho de Pesquisa Médica de usar técnicas sofisticadas para descobrir processos cerebrais que sustentam, para entender predisposições para a doença, e para tratamentos alvo para os subtipos de doenças complexas como o autismo. "

Fonte AQUI

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Autismo

Uma perspectiva geral sobre alguns sintomas que a crinaça autista PODE ter.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Autistas, procuram-se


Quando um homem soube do autismo do filho, resolveu que seria uma vantagem no mercado de trabalho.

Concentração. Memória. Atenção aos pormenores. Capacidade de repetir muitas vezes a mesma tarefa, o mesmo gesto, sem se distrair. Obsessão com ordem e com classificações. Persistência. Estas qualidades são importantes nalgumas áreas profissionais - por exemplo, a informática. A um nível elevado, são raras. As pessoas com autismo tendem a tê-las mais do que as outras pessoas. É lógico aproveitar tal diferença. Assim faz uma empresa dinamarquesa especializada em testes de software.

A Specialisterne (Especialistas, em dinamarquês) foi fundada por Thorkil Sonne, um executivo de uma firma de telecomunicações. Quando há onze anos souberam que o seu filho de 3 anos tinha autismo, ele e a mulher começaram a pensar como o poderiam ajudar a ser feliz. Concluíram que nada teria mais valor para Lars do que um trabalho onde as suas características particulares fossem apreciadas.

Não bastava encontrar uma tarefa que ele pudesse fazer. Tinha de ser algo em que fosse especialmente qualificado, para o valorizar e o compensar das outras limitações - sociais, sobretudo - com que teria de viver.

A resposta veio após contactarem organizações de apoio a pessoas com Desordens do Espetro Autista (DEA). Estas desordens têm em comum a dificuldade em perceber sentimentos alheios, em ler gestos e sinais, em captar sarcasmo, mas variam imensamente em grau e manifestações, desde as quase impercetíveis atè às incapacitantes.

No lado leve do espetro está o síndrome de Asperger, cujas vítimas, geralmente descritas como altamente funcionais, incluem um bom número de génios. Consta que Einstein apresentava indícios de Asperger. E mesmo pessoas muito menos fluentes do que ele - e portanto, com desordens em zonas mais graves do espetro - podem ser extraordinárias nas respetivas áreas profissionais. A chave estava, portanto, em descobrir uma área adequada.


Mão-de-obra de primeira

A Specialisterne verifica software e outras coisas que exigem um enorme grau de atenção - por exemplo, a localização detalhada de redes de fibra óptica. Dos seus 50 e tal empregados, 75% têm autismo. Ao serem aprovados para entrar na empresa, iniciam uma formação de cinco meses financiada pelas câmaras municipais.

É o único apoio que a empresa recebe, uma vez que não existe tradição de empresas de responsabilidade social na Dinamarca, segundo explica Sonne. O investimento sai barato, tendo em conta o que se poupa em subsídios de desemprego e outros. Um funcionário chamado Mads diz que em mais de vinte anos é o primeiro emprego que consigo manter, e acrescenta: "A maioria dos meus colegas são como eu. Temos em comum sermos esquisitos".

Terminada a formação, a maior parte dos empregados são colocados fora, junto dos clientes da Specialisterne. A assistência técnica que dão é considerada 'premium', e paga a condizer. Não é mão-de-obra barata nem terapia ocupacional, frisa Sonne em repetidas declarações. É trabalho de primeira fornecido por uma empresa comercial. Porque só assim, em última análise, resulta. "A nossa organização precisa do tipo de financiamento que só uma empresa com fins lucrativos pode gerar. Tem de ser bem sucedida nos termos do mercado".

O objetivo último de Sonne é exportar o modelo de negócio pelo mundo fora. Com esse objetivo, criou uma fundação à qual entregou as ações da Specialisterne. Escócia, Islândia, Alemanha, Polónia e os Estados Unidos já adotaram ou vão adotar o modelo, e Sonne recebeu meia-dúzia de prémios europeus. A sua expectativa é que, quando o agora adolescente Lars for adulto, a situação tenha mudado o suficiente para ele não ter problemas de empregabilidade.


Reduzir o stress

Quanto aos atuais empregados da empresa, as histórias que contam falam por si mesmas. Um trabalhava antes num supermercado. Apesar de altamente inteligente, nunca conseguia passar nas entrevistas de emprego, onde o que conta é a famosa química emocional. Aí ele falhava.

Sonne sugere que toda a gente é social, embora de formas diferentes. O facto de alguém não dizer bom-dia não significa que não goste de conviver de vez em quando. E a dificuldade em suportar ruído, típica dessas desordens, pode implicar alguns ajustamentos no escritório (sobretudo se for um 'open space') mas não torna ninguém inapto para trabalhar.

"As pessoas com autismo não são os únicos empregados que não florescem em open space'ou no sistema tradicional de gestão", afirma. O essencial é adaptar às características das pessoas, não impor o mesmo ambiente a todas. "Isso só provoca stresse, e os locais de trabalho já produzem demasiado disso".

À sua estratégia dá um nome: filosofia dente-de-leão. O dente-de-leão é uma planta que a muitas pessoas vêm simplesmente como erva daninha. Outras apreciam-na como planta medicinal, rica em vitamina e ferro. "uma erva daninha é uma planta bela no lugar errado", diz Sonne. E quem decide se o lugar é errado ou certo é a sociedade.

Fonte AQUI

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Factores ambientais e Autismo



Fatores ambientais podem desempenhar um papel mais importante do que se pensava no desenvolvimento do autismo, desviando as atenções dos especialistas dos fatores puramente genéticos, sugerem dois estudos publicados na última segunda-feira.

Em um deles, uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, comparou casos de autismo em gêmeos idênticos e fraternos - que dividem apenas metade dos mesmos genes - e descobriram que esses últimos geralmente têm altas taxas de autismo, indicando que outros fatores, além dos genéticos, podem desencadear a doença.

Em outro, pesquisadores do plano de saúde americano Kaiser Permanente descobriram que mães de crianças com autismo são duas vezes mais propensas a terem tomado um antidepressivo específico no ano anterior à gestação do que mães de filhos saudáveis. E o risco era ainda maior - um aumento de três vezes - quando o remédio tinha sido tomado no primeiro trimestre da gravidez.

As descobertas, publicadas na revista "Archives of General Psychiatry", sugerem que algo no contexto do nascimento - remédios, químicas ou infecções - podem desencadear o autismo em crianças que já têm predisposição genética para desenvolver a doença.

"Foi estabelecido que fatores genéticos contribuem para o risco de autismo" afirmou em comunicado Clara Lajonchere, coautora do estudo e vice-presidente de programas clínicos da organização Autism Speaks. "Nós agora temos fortes evidências de que, com a hereditariedade genética, um ambiente pré-natal pode ter um papel maior do que se imaginava no desenvolvimento da doença".

Autismo é um espectro de desordens que vão desde uma profunda incapacidade de se comunicar e retardo mental a sintomas relativamente leves, como a síndrome de Asperger. Ele afeta uma em cada 150 crianças nascidas nos Estados Unidos, ou cerca de 1% da população.

O estudo na Stanford envolveu 54 pares de gêmeos idênticos, que dividem 100% dos mesmos genes, e 138 pares de gêmeos fraternos, que dividem metade dos genes. Em cada par, ao menos um dos genes foi diagnosticado com autismo.

Os pesquisadores descobriram que as chances de as duas crianças terem doenças do espectro do autismo era maior entre gêmeos fraternos. De acordo com o estudo, fatores externos comuns a gêmeos explicam cerca de 55% dos casos de autismo, e enquanto fatores genéticos ainda têm influência, seu papel é muito menor que o visto em outros estudos de gêmeos e autismo.

Em um estudo separado, uma equipe liderada por Lisa Croen, diretora do Programa de Pesquisa de Autismo na Divisão de Pesquisas do Kaiser Permanente, em Oakland, Califórnia, avaliou se antidepressivos conhecidos como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, ou ISRS, na sigla em inglês, contribuem para o risco de autismo.

O grupo estudou cerca de 300 crianças com autismo e 1500 selecionadas aleatoriamente e depois checou o histórico de medicamentos de suas mães. Os cientistas descobriram que as mães de crianças com autismo eram duas vezes mais propensas a terem tomado um antidepressivo um ano antes da gravidez do que as mães dos voluntários saudáveis.

E o efeito foi mais forte - três vezes maior - quando os remédios foram tomados no primeiro trimestre da gravidez.

"Nossos resultados sugerem um possível, embora pequeno, risco associado à exposição no útero aos SSRIs", afirmou em nota.

Mas ela diz que esse risco deve ser balanceado com o perigo de a mãe não ter tratado uma depressão.

Fonte AQUI

Ducumentário Autismo - MTV (Brasil)

Depois de deixarem emitir uma aberração denominada "Casa dos Autistas", a MTV vem "fazer as pazes" com a comunidade brasileira de autismo com este documentário.