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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Reportagem Correio do Minho

Um livro escrito por alguém especial
André Vilaça sofre do Síndrome de Asperger, mas isso não o impede de fazer aquilo de que mais gosta: escrever.


Marlene Cerqueira


O primeiro livro escrito em português por uma pessoa com perturbações do espectro autista foi apresentado na sexta-feira à noite, no Centro Cívico de Palmeira.
A obra, intitulada ‘Contos Soltos’ é da autoria de André Vilaça, utente da APPDA-Norte — Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, instituição que tem um núcleo a funcionar em Braga, na antiga escola do Assento, em Palmeira.


Herculano Castro, o técnico que acompanha André Vilaça na APPDA-Norte, referiu que os contos que integram esta obra editada pela instituição foram escolhidos entre um repertório imenso, pois o autor escreve desde os seis anos de idade. “Na instituição desde 2004, logo percebemos a capacidade e o gosto do André pela escrita”, frisou o técnico. A escolha dos contos teve como fio condutor seleccionar histórias que tinham personagens que povoam a vida do André.


Muitos outros textos ficaram de fora, mas está já prometido um segundo livro. A APPDA-Norte já demonstrou disponibilidade para o editar também, como referiu ao ‘Correio do Minho’ Eduardo Ribeiro, director da instituição.
Herculano Castro recordou que o livro foi lançado a 3 de Dezembro, no Dia da Pessoa Portadora de Deficiência e “a receptividade tem sido muito boa, tanto por parte dos leitores como da crítica”.
Em perspectiva está a possibilidade do André se deslocar a Inglaterra para apresentar a obra num congresso sobre autismo, promovido por pessoas autistas.


De realçar que a apresentação da obra em Braga esteve integrada nas I Jornadas Culturais de Palmeira.
No Núcleo de Braga da APPDA-Norte está já disponível alguma terapia, nomeadamente terapia de intervenção precoce destina a crianças com problemas de autismo detectados na primeira idade. Terapia ocupacional, terapia da fala e avaliação são outros apoios que os autistas e familiares podem encontrar. O objectivo é criar no Núcleo um Centro de Actividades ocupacionais.

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