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domingo, 16 de janeiro de 2011
ABEL
Lançado quarta-feira (12) em França, "Abel", o primeiro filme de ficção dirigido pelo ator mexicano Diego Luna, foi recebido com o aplauso praticamente unânime da crítica parisiense.
O Abel do título é um menino autista, criado num centro de atendimento e que volta para casa com a mãe e os dois irmãos. Ele vê-se como chefe da família até o dia em que seu pai volta para casa.
"Com a distância, acho que empurramos as crianças para deixar de ser crianças antes do tempo, as confrontamos com temas como a morte, a violência, a guerra, a separação dos pais, sem sequer nos darmos conta nem pararmos para pensar primeiro nelas", disse Diego Luna à agência France Presse no último Festival de Cannes.
Várias publicações ressaltam que o filme "navega entre o drama e a comédia".
Segundo o "Le Monde", "'Abel' mantém-se à margem das duas influências que dominam hoje em dia o cinema mexicano, Robert Bresson (Carlos Reygadas, Amat Escalante, Fernando Eimbcke) e Hollywood (Alejandro González Iñárritu), Alfonso Cuarón. Entre ambas, Diego Luna começou a traçar um caminho promissor".
Para a revista de espetáculos "Figaroscope", "este filme é uma espécie de pequeno milagre de sensibilidade sobre a história de um trauma".
Diego Luna "filma o 'huis clos' familiar com uma doçura fria, atenta a cada um dos personagens e evitando qualquer psicologismo. O jovem Abel não chora nunca, o filme tampouco", destacou o "Libération".
Antes de "Abel", Diego Luna dirigiu um documentário sobre Julio César Chávez, lenda do boxe mexicano e mundial.
Aos 31 anos, ele trabalhou como ator em cerca de 40 filmes, entre eles "E sua mãe também", "Nicotina", "Pacto de justiça" e "Milk - a voz da igualdade".
Fonte: Globo
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