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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Autismo e Genes


Juntamente com os colegas de um grupo internacional de pesquisa, o investigador em autismo Christopher Gillberg da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, encontrou num novo estudo que o autismo pode ser parcialmente explicado por alterações em determinados genes. Os resultados do grupo podem, a longo prazo, preparar o caminho para tratamentos mais adequados para o autismo.

A prestigiosa revista Nature publica um artigo co-escrito por Christopher Gillberg da Unidade de Psiquiatria Infantil e Adolescência do Instituto de Neurociência e Fisiologia, e membro do grupo de pesquisa “Autism Genome Project” (AGP – Projecto Genoma Autismo).

No artigo, o grupo revela que uma pesquisa feita com 1.000 indivíduos com autismo e 1300 sem, mostraram que sem Cópia do Número deVariantes (CNVs) anormalidades sub-microscópicas nos cromossomas são fortemente sobre-representados nas pessoas autistas.

"Alguns desses são herdadas, enquanto outros apareceram pela primeira vez na pessoa com autismo", diz Gillberg. "Várias das alterações afectam os genes que préviamente mostramos estarem associados ao autismo e perturbações do desenvolvimento psicológico".

O artigo sublinha algo que Gillberg e seus colegas afirmarem, isto é, que o autismo é, em parte, a um conjunto de anormalidades genéticas completamente diferentes, cada uma das quais ocorre em apenas um pequeno número de pessoas com autismo, mas que em conjunto representam uma proporção cada vez maior de todos os casos, e que o autismo é um termo genérico (chapéu) para um grande número de diferentes condições neurobiológicas que tem a mesma imagem do sintoma.

O estudo também fornece evidências de que outros genes que são importantes para o desenvolvimento das sinapses de comunicação intra-celular (comunicação entre as células nervosas) em alguns casos desempenham um papel na origem do autismo. Espera-se que a ligação com o desenvolvimento da sinapse e de comunicação intra-celular irá pavimentar o caminho para um tratamento mais adequado a longo prazo.

"Só quando soubermos o que está realmente causando o autismo em cada caso, podemos personalizar o tratamento envolvendo medicação e dieta", diz Gillberg.

Artigo aqui

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