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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência


3 de Dezembro
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
A 14 de Outubro de 1992, o 37º plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas, através da resolução nº 47/3, convida todos os estados membros e as organizações envolvidas na problemática da deficiência, a intensificarem os seus esforços de forma eficaz e sustentada, com vista a melhorar a situação das pessoas com deficiência, proclamando o dia 3 de Dezembro como o “Dia Internacional da Pessoas com Deficiência”.
A fazer fé nas estatísticas internacionais, em Portugal 10% da população tem algum tipo de deficiência / incapacidade. Os números oficiais que existem já têm quase 10 anos pois são os recolhidos nos Censos 2001. Nesses Censos, 634 408 pessoas, representativas de 6,1% da população, tinha algum tipo de deficiência/incapacidade, repartido da seguinte forma segundo o tipo: Visual (1,8%), auditiva (0,8%), motora (1,5%), Mental (0,7%), Paralisia cerebral (0,1%), Outras (1,4%).
A taxa de incidência agrava-se com a idade sendo que a dos idosos( + de 65 anos) é o dobro da média nacional, o que mostra que muita deficiência/incapacidade é adquirida em função do envelhecimento da pessoa, sendo o tipo visual, motora e auditiva a predominante.
De um modo geral passa despercebido ao comum dos cidadãos esta problemática da deficiência / incapacidade. Somente quando lidamos com alguém, algum familiar ou amigo, que entra nesta contagem é que verificamos que existem pessoas com diferentes formas de funcionamento e necessidades, mas que continuam a ser pessoas . A maioria é excluída de qualquer actividade social e de trabalho por problemas de incapacidade mas também de preconceito, sendo que as mulheres correm risco acrescido.
Por isso aparece o dia 3 de Dezembro. É um dia de tomada de consciência para a existência de pessoas com deficiência/incapacidade, sendo que as motoras são fácilmente percepcionadas, enquanto as mentais são de difícil observação chegando a sua forma de estar a ser confundida com problemas educacionais e desvios comportamentais.
Dentro da deficiência mental estão as perturbações do espectro autista (PEA). É uma patologia severa e que afecta o desenvolvimento da criança ao longo de toda a sua vida, de difícil diagnóstico, já que não existe marcador biologico para a sua detecção, sendo o mesmo realizado através da observação de sintomas, o que pode atrasar o trabalho de intervenção precoce necessário para uma melhor qualidade de vida futura, assente essencialmente nos níveis de autonomia, comunicação e de socialização.
O espectro alarga-se desde o Autismo, a condição mais severa, ao Asperger, a condição mais “leve” e que se distingue da primeira pelo facto de existir comunicação verbal, denotando muitos portadores um QI acima da média.
Nos últimos anos temos vindo a assistir a um aumento exponencial de aparecimento de casos diagnosticados como de perturbações do espectro autista, sendo que nos Estados Unidos já atinge proporções quase epidémicas de 1 em cada 110 crianças (quase 1%). O Autismo afectará 1 em 1000. Transpondo essa prevalência para o nosso país significa que existem cerca de 90 mil pessoas com perturbações do espectro autístico e cerca de 10 mil autistas severos.
Assim a AIA - Associação para a Inclusão e Apoio ao Autista não podia deixar de aproveitar esta oportunidade para se associar a esta comemoraçao e consciencializar os profissionais de saúde em dois aspectos:
1) Quando observarem crianças estarem atentos aos sintomas de autismo, escutarem os receios dos pais e recorrerem (encaminharem) a especialistas para corroborar, ou não, as suspeitas.
2) Quando tiverem consultas com crianças/jovens ou mesmo adultos com perturbações do espectro autista informem-se acerca da problemática para que possa fazer um atendimento correcto e com qualidade.
Uma detecção precoce da perturbação autística leva a uma eficiente intervenção que por sua vez aumenta os índices de qualidade de vida e autonomia destas pessoas.
A Direcção da AiA

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